Já reparou que tem gato que gruda em você até na hora de ir ao banheiro, e tem aquele outro que só aparece pra pedir petisco? Se você vive se perguntando por que alguns gatos são mais carinhosos do que outros, calma: você não está sozinho nessa. Esse jeito dos felinos pode parecer um mistério, mas tem muita coisa por trás — genética, criação, ambiente e até sua própria rotina. Vamos descobrir mais?
Temperamento dos gatos: já nasce ou é criado?
Logo de cara, vale a pena pensar: será que o jeito do gato se define quando ele nasce? Ou tudo depende de como ele é criado? Pois é, a resposta está no meio do caminho. Os gatos, assim como os cães, têm personalidade própria. Alguns já chegam ao mundo mais desconfiados, outros são tranquilos ao extremo. Tem até gato que parece cachorro de tanto que pede colo.
Esse temperamento tem bastante influência genética, ou seja, já vem meio “programado”. Raças como ragdoll, siamês e persa tendem a ser naturalmente mais carinhosas — mas, claro, nem todo gato vira uma “amostra grátis” dessas raças. Se o seu felino é vira-lata, por exemplo, o temperamento pode ser ainda mais variado, misturando genes de vários ascendentes. Essa é uma das razões para você encontrar gatos tão diferentes, até mesmo dentro da mesma casa.
O ambiente faz diferença (e muito!)
Mas não é só de genética que vive um gato. O ambiente onde ele cresce e a rotina da casa têm um peso enorme. Se ele tem experiências positivas logo nas primeiras semanas de vida — como colo suave, brincadeiras agradáveis e poucos sustos — é bem mais provável que seja carinhoso. Difícil, né? Tem bicho que fica arisco quando pega trauma lá no comecinho.
Outra coisa: a convivência com humanos faz toda diferença. Se o gato aprende que humanos significam carinho, comida boa e brinquedos legais, pronto, a chance de ele se abrir aumenta bastante. Agora, se desde filhote o bichano só conviveu com outros gatos, sem contato saudável com pessoas, geralmente vira aquele gato mais “na dele”, distante, que some quando tem visita.
Além disso, a rotina da casa conta. Casa agitada, com muita gente passando, vozes altas ou outros animais barulhentos, pode fazer o gato ficar mais reservado. Já um lar tranquilo, onde o felino tem seu cantinho seguro, muitas vezes revela um companheiro grudento de arrasar corações.
Adoção, socialização e o seu papel na história
Aqui entra um ponto importante: se você adotou um gato adulto e sonha com um grudinho de sofá, é preciso paciência (muita, inclusive!). O processo de socialização do gato com gente e com outros pets influencia demais o quanto ele é dado ao carinho. Às vezes é um jogo de conquista: você oferece atenção, não força a barra, respeita os limites dele. Com o tempo, pode esperar aquela piscadinha lenta no seu colo.
Gatos resgatados de rua ou de situações estressantes podem ser mais arredios. Mas, com confiança, você pode reverter boa parte desse medo. E tem mais: lembra daqueles gatos que são só alegria? Eles também precisam que você respeite o ritmo deles, porque até os mais fofinhos têm dias em que só querem ficar sozinhos. Vai por mim, forçar carinho só afasta.
Gato carinhoso X gato “frio”: é só timidez?
Bate aquela dúvida: será que meu gato não gosta de mim? Calma, não é bem assim. Às vezes, aquele felino que parece “frio” só demonstra carinho de outro jeito. Tem gato que não gosta de colo, mas dorme pertinho, ronrona ou faz a famosa “massagem” com as patinhas na sua barriga. Outros preferem uma boa brincadeira, seguem você pra todo lado ou esperam na porta quando você chega.
O segredo? Aprender a notar os sinais de afeição do seu gato, mesmo que não venha em forma de ronrom alto ou deitada no seu colo 24h por dia. Cada animalzinho tem um jeitinho único de demonstrar afeto – e, convenhamos, entender esses detalhes é uma delícia!
Dicas para conquistar um gato mais carinhoso
- Tenha paciência: gatos amam rotina, então tente manter horários pra tudo (alimentação, brincadeiras, momentos de calma).
- Dê espaço: não force colo, carinho, nada! Espere o gato chegar até você.
- Prepare um ambiente acolhedor: arranhadores, caminhas e lugares para explorar ajudam a aumentar a confiança do bichano.
- Use petiscos e brinquedos: associar sua presença a coisas boas só reforça a ligação entre vocês.
- Observe os sinais: respeite os limites, aprenda como o seu gato gosta de demonstrar (ou receber) afeto.
No fim das contas… gato é tudo de bom!
A real é que gato carinhoso ou reservado, todo felino tem seu charme. É impossível não se apaixonar por esses jeitinhos diferentes, seja ele do tipo “chiclete” ou mais na dele. E, olha só, entender o que influencia o comportamento dos nossos gatos só deixa a relação ainda mais especial.
E aí, qual é o perfil do seu companheiro: grudadinho de plantão, ou daqueles misteriosos que só aparecem de vez em quando? Compartilha comigo: seu gato é carinhoso ou faz o tipo “difícil”?